11 de mai. de 2011

Cidade



Estou sentindo frio,
Mas não o frio do inverno,
É aquele que sinto quando suas mãos
Ficam longe da minha pele
Por mais de um momento.

Fecho os olhos deitada e lembro
Dos arrepios que senti com o toque
Úmido da sua língua varrendo meus
Pelos pelo corpo a fora.

Minhas pernas que tremiam de desejo
Agora tremem de saudade,
Do peso e força que me invadia
Como um “Cavalo de Tróia”.

Abri os olhos assustada e fechei satisfeita
Quando pela primeira vez
Senti sua pela nua e quente
E seus braços me seguravam para não fugir
E eu nem queria.

Sua língua roçava minha nuca
Enquanto minhas mãos tentavam
Se agarrar no lençol que já não forrava mais a cama
E escorregavam por ela
Quando me vencia pela força.

Cai entre suas pernas
Como a corsa no leito de um rio
Após a corrida, tentando matar a sede
Insaciável que tem a jovem
Fiz de ti o vinho que me embriagou
Na primeira noite apreciada.

Nem lembro o que usava
Toda roupa foi arrancada tão
Rápido quanto possível
E soldados arrombaram minha porta
Fui dominada e conquistada,
Fui vencida e os
Soldados de Tróia se instalaram em mim.

4 de mai. de 2011

Alguma coisa entre pensamento e desabafo

Estou cansada.
Cansada das mesmas coisas todos os dias.
Tô tão cansada das mesmas ruas e as mesmas setas
que apontam para onde não quero ir.
Troquei uma rotina por outra igual,
qual é a vantage? Nem sei bem...
Cansei de acordar cedo todo dia e dormir pouco
E cada vez mais fugir de tudo.
Cansei da minha raiva e da minha ignorância,
da minha falta de talento e da falta de força de vontade também.
Me vendi para o primeiro número que cruzou a esquina
pus meus sonhos numa pasta de couro
e meus saltos para caminhar,
estranho como o final da estrada não chega nunca.
Estou cansada das minhas frustações com leite toda manhã,
Uma marmita fria cheia de angústias ao meio dia
e a noite como sozinha na multidão,choro.
E estranho, como o final da estrada, não chega nunca!

27 de abr. de 2011

Poema de resposta.

A verdade é que agora é tarde,
Pra falar dos nossos erros, medos
Ou mesmo das feridas que cultivamos.

Admito que haviam muitas incertezas entre nós,
E com o passar dos anos a vida não nos ajudou
A vida não nos ensinou a decifrar um ao outro
Da forma que seria conveniente, devo dizer assim.

Vejo em nós dois vencedores decadentes
Tão atolados cada um com suas certezas, suas convicções
Olhando para dentro de si, que é impossível
Olhar pro outro e descobrir o que é necessário.
Procurei a nossa volta algo para aparar a queda, não achei.

Não posso dizer que te odeio
Apenas fomos tolos o suficiente para nos perder
Num universo que nos cobrou todos os anos disperdiçados.
E sete vezes sete seremos vingados
Por todos os amores perdidos desse mundo.

Não me culpe por fazer uma escolha
A escolha não foi só minha
E nem o medo de assumir uma vida nova
Nem a ferida que nos restou.

Mas você foi corajoso
Abrindo a gaiola e libertando o amor que inssitimos
Em aprisionar sete vezes.
Que agora está livre para voar
E encontrar companheirismo, carinho
E todo romance que os novos amores costumam ter.

Poesia que ganhei de presente.

Eu não quero falar de nossos erros
Não quero falar de nossos medos
Queria poder não falar de como nos ferimos

Eu pensei que saberia lidar com suas incertezas
Achei que era forte o bastante
E escolhi não escolher

Olho ao meu redor a procura de um vencedor
E tudo que vejo é a imagem deprimente do homem que me tornei
Os segundos passam martelando meu estômago 
Enquanto meus pensamentos insistem em te encontrar
Eu sei que sou fraco, mas e você?
Por que não me liga? 
Ao menos me escreva dizendo o quanto me odeia

Eu te dei uma escolha mas tenho medo do que possa escolher
Sei que não fui o mais companheiro,
O mais carinhoso e nem o mais romântico...

26 de abr. de 2011

A AVENTURA DA MENINA QUE DORMIU NO ÔNIBUS





Uma menina tão pequenina... Que dorme pouco. E vê naquele assento, tão desconfortável muitas vezes, um complemento do sono perdido a noite. 

Esta manhã, após ter dormido 5 horas apenas durante a noite, mais uma vez saiu de casa para trabalhar. Achou estranho, pois haviam poucos ônibus para a cidade do Rio de Janeiro circulando. Até de uma empresa especifica não havia nenhum! Pegou o primeiro que veio no intuito de não se atrasar, mais do que já estava. Pena que esse mesmo ônibus ia para Campo Grande... Após se sentar e lutar bravamente contra o sono que sentia, foi vencida e adormeceu. Entre algumas cabeçadas e sacudidas no coletivo, caiu num sono profundo. Tempos depois sentindo que o movimento de pessoas estava grande, acordou, abriu os olhos e o susto... Levou 10 segundos para descobrir onde estava e para sua surpresa, estava longe. Desceu naquele ponto ainda meio perdida, foi quando se deparou com a FIOCRUS! Aí o choque! Estava realmente longe! Reparou o fluxo dos veículos e atravessou a passarela nº 6 da Avenida Brasil, na tentativa de encontrar algum coletivo que a levasse a São Cristovão. Perguntou para uma, duas, três pessoas. E uma alma caridosa indicou o ônibus certo. Então se pôs no ponto a esperar, esperar, quando enfim avistou o 665 Sans Peña e entrou. 2 minutos depois o ônibus virou em uma rua um tanto suspeita e logo começaram a entrar dezenas de pessoas do ônibus que seguia na frente e havia interrompido sua viagem, pois o motorista estava passando mal. A menina se viu apertada, imprensada e perdida. Pouco tempo naquela situação avistou uma placa: Lustres Benfica. Percebeu que estava perto de seu destino. Logo chegando a São Cristovão viu que a chuva da noite anterior havia causado estragos a muitos estabelecimentos comerciais e até seu desjejum podia estar comprometido. Enquanto atravessava a rua se perguntava se tudo não passava de um sonho, se a qualquer momento acordaria em sua cama com o céu ainda negro, mas não. Não era um sonho. E até para chegar enfim a General Bruce, 905 teve de se desvencilhar do mar de lixo que cobria a rua e dos comerciantes que varriam a água para fora. Com seu pãozinho já frio e um café na mão caminhou até o trabalho, sentou e respirou aliviada, depois de tomar seu café, contar essa história e chegar mais de 2 horas atrasada.

25 de abr. de 2011

Incoerente


Subindo o morro, esquentando ao sol
Diante do destino manipulado
Contemplando e falando da vida
Enquanto ingenuamente é observado.

O céu cheio de estrelas sob a grama molhada
Ações que não condizem com os fatos
Álcool para rosar a face
E a pressa que entre as pernas late.

Um pulmão suando na terra
De frente ao bambuzal balança
Buscando fôlego enquanto vive,
Mas viverá ou será uma lembrança?

O céu cheio de estrelas acolhe teu cansaço
Te afaga o peito enquanto dorme
Observa a diferença que te acontece
Pois viverá, mas também será lembrança.


17 de abr. de 2011

Eu sequei a lágrima e subi as escadas,
Cheguei em uma nova vida.
Um lindo por de sol e amigos!
Um clima de domingo, como a muito não sentia,
E nas lembranças de uma vida que deixei na gaveta
E palavras que a muito não dizia: oi amigo!
Mas não um oi comun de quando se encontra,
Mas um oi de 'estou de volta'
Voltei pro meu rio como a primweira vez
Mergulhei meus pés na água fria e não quero tirar.
O nascente desse rio vem de dentro de mim
Num lugar protegido por sonhos e fantasias
Todas as que guardei só pra mim e mesmo as que esqueci.
Um lindo por de sol numa varanda com amigos
Sentido o vento no rosto e aproveitando o prazer
Que é ter amigos,
Como a muito não tinha.
De novo.

18 de mar. de 2011


O outono se aproxima e vai gelando minha alma,
Veja no chão suas folhas secas e o estalo que faz ao tocar em meus pés.
Me sento, e observo enquanto dançam com a brisa
Me rodeiam, se prendem em meu cabelo
E repousam mansas sobre o chão no novamente.
Longe dali, em algum lugar o sol brilha intenso
Onde as folhas são verdes e os grandes portões de ferro não estão trancados
Onde o vinho lhes aquece a alma
E a pele nua e contemplada sob o fogo bruxuleante
E a vida se aquece.
E o coração se aquece.
Aqui, aguardo o inverno, sóbria, enternecida,
Sinto na fresta da pele que escapa da roupa
Raios singelos do sol brando.
Aguardo um inverno aquecido.

24 de nov. de 2010

SIM!



Durante muito tempo disse não!
Me arrependi... Me orgulhei... Me arrependi...
Eu não queria dizer sim mesmo, não queria...
Agora tenho que negar que no fundo quero mesmo
É dizer sim, é gritar sim.
Mas não posso.
Tenho que fazer pose de boa moça e fingir que não quero.
Não quero ser feliz, não quero sorrir nem brincar.
Talvez seja melhor.
Talvez dizer sim seja um erro
O interesse pelo desconhecido
Um olhar que despe minha moralidade
E um sorriso malicioso que me tira do sério.
No fundo eu quero dizer sim!
Mas sou covarde, eu me preocupo
Não quero magoar ninguém, eles não merecem...
Mas eu quero muito dizer sim.
Agora tenho que negar que no fundo quero mesmo
É dizer sim, é gritar sim.
Mas fecharam as cortinas e todos foram embora
É tarde demais.

QUERIDOS AMIGOS




Meninos, eu descobri que o tempo não volta atrás.
Todas as nossas lembranças estão apenas na memória.
Cada momento e cada detalhe, nos filmes,
Nos brigadeiros "embebedantes" e nas guerras de pipoca,
Legião Urbana, músicas que nos marcaram.
No chão da sala, da varanda a bagunça que fazíamos...
Éramos mesmo uns “vandálhos” e éramos livres,
Livres apenas no nosso mundinho e tudo era possível.
Era possível fazer besteira e ser feliz e brincar até tarde,
RPG no quarto do meu primo, pular corda, jogar bola
Nossas brincadeiras de infância
E as que já não eram de criança... Tenho saudade, nostalgia.
Eu cresci muito rápido e perdi vocês sem perceber,
Coisas que me arrependo e quero esquecer...
Lembrando que o tempo não volta.
Eu não posso esperar mais onze anos pra ter a amizade
De vocês novamente, é muito tempo, tempo que não temos.
Agora crescemos e temos liberdade no mundo inteiro
E ao invés de brincar, sentamos num bar pra lembrar
E comentamos o filme que foi nossa infância,
Não vou esquecer que Michelle e Tayane
Também fizeram parte desse filme.
Pena que os personagens tomaram rumos diferentes,
Mas nos temos novamente, não temos mais onze anos...
Nem somos mais criança, mas somos amigos.
Desejo ter muitas novas histórias para contar daqui
A onze anos... Quem sabe uma praia, um relógio,
Sinuca, diversão e muitos e sorrisos.
Adoro vocês.

Para Paulo e Vitor queridos amigos.

22 de nov. de 2010

MUNDO ESTRANHO

Quais são os povos mais patrióticos do mundo?por Pedro Proença para revista MUNDO ESTRANHO



Os americanos, venezuelanos, irlandeses e sul-africanos. Eles foram os melhores colocados em uma pesquisa feita pela Universidade de Chicago entre 2003 e 2004 com 33 países (a Alemanha ainda foi contada como duas nações, a Ocidental e a Oriental). A enquete perguntava aos cidadãos seu nível de orgulho em relação a dez aspectos diferentes de seu país e, com base nesses índices, foi tirada uma média. Os americanos são os que tiveram mais amor-próprio em cinco categorias (economia, influência mundial, Forças Armadas, desempenho científico e democracia). A galera da Venezuela é campeã em outras quatro (história, tratamento dispensado às minorias e desempenho nas artes e nos esportes) e a França foi a mais orgulhosa de sua segurança social. A pesquisa será realizada novamente em 2013.

FASCI-NAÇÃO
Os dez povos que mais defendem as cores de sua bandeira
1º ESTADOS UNIDOS
194 pts

2º VENEZUELA
191 pts

3º IRLANDA
161 pts


 
4º ÁFRICA DO SUL
152 pts

5º AUSTRÁLIA
148 pts

6º CANADÁ
134 pts

7º FILIPINAS
133 pts

8º ÁUSTRIA
126 pts

9º NOVA ZELÂNDIA
120 pts

10º CHILE
109 pts

- As vitórias no esporte são o segundo maior motivo de patriotismo para a maioria dos povos. O primeiro é a história do país.

- Ex-colônias costumam ter mais orgulho que suas ex-metrópoles. EUA e Austrália ficaram acima da Inglaterra, por exemplo.

12 de nov. de 2010

18.10.2010

Foda-se o que as pessoas pensam!
Cansei de esconder meu sofrimento
Em um sorriso amarelo, enlatado,
Fora do prazo de validade
Como muitas pessoas fazem, ou tentam...
Afinal sou humana!
E sinto e penso e sofro
É disso que a vida é feita.
Eu não sou igual a ninguém,
Apenas tento ser o melhor que posso.
Sinto muito se o meu melhor não é suficiente...
Cansei de ser o que as pessoas esperam
E fingir a mesma felicidade que todos têm.
Agora está na moda ser feliz,
Assim como a “Sra. Vampiro”
Sertanejo universitário,
Comida chinesa e cartão de crédito.
Quem é o que é e não o que era antes?
Quem pode ser?
Quem não pode?
Não tenho mais certeza...
Eu estava também...
Seguia convicta de que seria feliz.
Então ganhei um doce
Que me foi roubado antes que pudesse desembrulhar
Agora sou a criança e me roubaram meu doce.
E eu vou chorar por que estou triste e só!
Queria não ser pisciana,
Mas foda-se o que as pessoas pensam.

A MULHER E O DIABO (ESBOÇO)

Muito triste porque o homem que ama não lhe da à atenção que julga merecer, não a trata como os vassalos e suas senhoras; Angela ajoelha e reza, pede a deus que o faça enxergar que ela é uma mulher interessante, que poderia demonstrar um pouco mais o seu amor e seu afeto, lhe fazer surpresas, mensagens, flores, chocolate... O sonho de Angela é que sua relação fosse sempre como as duas primeiras semanas, quando seu amado fazia questão de conquistá-la. Essa fase passou rápido! Angela se pergunta se a culpa é sua, se foi ela que deixou de demonstrar seu afeto, de doar seu carinho, ela fica insegura achando que o problema pode ser com ela, será que ela não é mulher o suficiente a ponto de despertar o lado mais masculino dele... Ou será que esse homem não enxerga que Angela é uma mulher delicada, que merece atenção, declarações e merece paixão. Esse homem deve prestar mais atenção!!!

Ajoelhada Angela faz sua prece:
— Meu deus, já não sei o que fazer ou o que pensar. Sempre achei que havia encontrado o homem da minha vida! Parece que não sou a mulher da vida de ninguém... Será que algum dia, ele verá que mereço muito mais do que as migalhas que recebo. O amor é abstrato, não posso segurá-lo com minhas mãos, mas posso ver os gestos e demonstrações... Posso saber que sou amada, mas seria tão bom se houvesse um pouco de romance. Onde será que consigo comprar um bocado de romance? Eu posso dar de presente a ele no próximo natal, e ai até meu aniversário essa plantinha já deve ter dado algum fruto, quem sabe... É isso que falta, romance!

De repente aparece uma figura estranha na frente dela. Com um odor peculiar e uma túnica branca, cabelos compridos, seios grandes, ela achava que via pequenos chifres em sua testa.
Lhe disse:
— Minha pequena Angela... Tão bonita e tão ingênua! Pare de sonhar minha criança. Não existe mais romance e as mulheres boazinhas perderam a batalha para as mulheres poderosas minha querida. Você acha mesmo que sendo uma mulher dedicada e apaixonada vai conseguir conquistar paixão em qualquer homem que seja?! Está enganada!

Angela indaga:
—Mas como pode? Eu sempre procurei ser correta e me preocupar com o que ele sentia e o apoiar em tudo. Fui sua mãe, sua amiga e sua amante. Fui tudo que ele precisava nas horas difíceis e estive a seu lado sempre que precisou. Como pode todo o amor que lhe oferto não ser suficiente para fazer com que ele se apaixone por mim ou ao menos queira me fazer feliz como nos contos que tanto gosto. Eu sempre sou o mais carinhosa que posso ser e sempre faço de tudo para vê-lo bem. Na verdade não sei mais o que fazer para ficarmos bem... O que devo fazer?

— Já que perguntou... Acho que deve deixar de ser boba pra começar. Olhe em volta, quantas mulheres ainda agem como você? E quantas são felizes? Só você ainda acredita nesses contos infantis. Eles foram feitos para as meninas acreditarem que devem casar, mas não necessariamente viver neles. Queridinha acorda! Não se pode dar tudo aos homens, deixe que ele tenha que buscar alguma coisa, ou fica muito fácil. Eles não gostam disso. O amor para os homens é uma conquista. E quanto mais difícil é, melhor fica a caçada. Depende de você ser uma presa fácil ou não.

Muito assustada Angela começou a se questionar se seus valores e seus amores eram ou não corretos. O num instante decidiu ouviu deus, que virou as costas, e para nossa surpresa era o Diabo que havia esquecido o rabo de fora.