27 de abr. de 2011

Poema de resposta.

A verdade é que agora é tarde,
Pra falar dos nossos erros, medos
Ou mesmo das feridas que cultivamos.

Admito que haviam muitas incertezas entre nós,
E com o passar dos anos a vida não nos ajudou
A vida não nos ensinou a decifrar um ao outro
Da forma que seria conveniente, devo dizer assim.

Vejo em nós dois vencedores decadentes
Tão atolados cada um com suas certezas, suas convicções
Olhando para dentro de si, que é impossível
Olhar pro outro e descobrir o que é necessário.
Procurei a nossa volta algo para aparar a queda, não achei.

Não posso dizer que te odeio
Apenas fomos tolos o suficiente para nos perder
Num universo que nos cobrou todos os anos disperdiçados.
E sete vezes sete seremos vingados
Por todos os amores perdidos desse mundo.

Não me culpe por fazer uma escolha
A escolha não foi só minha
E nem o medo de assumir uma vida nova
Nem a ferida que nos restou.

Mas você foi corajoso
Abrindo a gaiola e libertando o amor que inssitimos
Em aprisionar sete vezes.
Que agora está livre para voar
E encontrar companheirismo, carinho
E todo romance que os novos amores costumam ter.

Poesia que ganhei de presente.

Eu não quero falar de nossos erros
Não quero falar de nossos medos
Queria poder não falar de como nos ferimos

Eu pensei que saberia lidar com suas incertezas
Achei que era forte o bastante
E escolhi não escolher

Olho ao meu redor a procura de um vencedor
E tudo que vejo é a imagem deprimente do homem que me tornei
Os segundos passam martelando meu estômago 
Enquanto meus pensamentos insistem em te encontrar
Eu sei que sou fraco, mas e você?
Por que não me liga? 
Ao menos me escreva dizendo o quanto me odeia

Eu te dei uma escolha mas tenho medo do que possa escolher
Sei que não fui o mais companheiro,
O mais carinhoso e nem o mais romântico...

26 de abr. de 2011

A AVENTURA DA MENINA QUE DORMIU NO ÔNIBUS





Uma menina tão pequenina... Que dorme pouco. E vê naquele assento, tão desconfortável muitas vezes, um complemento do sono perdido a noite. 

Esta manhã, após ter dormido 5 horas apenas durante a noite, mais uma vez saiu de casa para trabalhar. Achou estranho, pois haviam poucos ônibus para a cidade do Rio de Janeiro circulando. Até de uma empresa especifica não havia nenhum! Pegou o primeiro que veio no intuito de não se atrasar, mais do que já estava. Pena que esse mesmo ônibus ia para Campo Grande... Após se sentar e lutar bravamente contra o sono que sentia, foi vencida e adormeceu. Entre algumas cabeçadas e sacudidas no coletivo, caiu num sono profundo. Tempos depois sentindo que o movimento de pessoas estava grande, acordou, abriu os olhos e o susto... Levou 10 segundos para descobrir onde estava e para sua surpresa, estava longe. Desceu naquele ponto ainda meio perdida, foi quando se deparou com a FIOCRUS! Aí o choque! Estava realmente longe! Reparou o fluxo dos veículos e atravessou a passarela nº 6 da Avenida Brasil, na tentativa de encontrar algum coletivo que a levasse a São Cristovão. Perguntou para uma, duas, três pessoas. E uma alma caridosa indicou o ônibus certo. Então se pôs no ponto a esperar, esperar, quando enfim avistou o 665 Sans Peña e entrou. 2 minutos depois o ônibus virou em uma rua um tanto suspeita e logo começaram a entrar dezenas de pessoas do ônibus que seguia na frente e havia interrompido sua viagem, pois o motorista estava passando mal. A menina se viu apertada, imprensada e perdida. Pouco tempo naquela situação avistou uma placa: Lustres Benfica. Percebeu que estava perto de seu destino. Logo chegando a São Cristovão viu que a chuva da noite anterior havia causado estragos a muitos estabelecimentos comerciais e até seu desjejum podia estar comprometido. Enquanto atravessava a rua se perguntava se tudo não passava de um sonho, se a qualquer momento acordaria em sua cama com o céu ainda negro, mas não. Não era um sonho. E até para chegar enfim a General Bruce, 905 teve de se desvencilhar do mar de lixo que cobria a rua e dos comerciantes que varriam a água para fora. Com seu pãozinho já frio e um café na mão caminhou até o trabalho, sentou e respirou aliviada, depois de tomar seu café, contar essa história e chegar mais de 2 horas atrasada.

25 de abr. de 2011

Incoerente


Subindo o morro, esquentando ao sol
Diante do destino manipulado
Contemplando e falando da vida
Enquanto ingenuamente é observado.

O céu cheio de estrelas sob a grama molhada
Ações que não condizem com os fatos
Álcool para rosar a face
E a pressa que entre as pernas late.

Um pulmão suando na terra
De frente ao bambuzal balança
Buscando fôlego enquanto vive,
Mas viverá ou será uma lembrança?

O céu cheio de estrelas acolhe teu cansaço
Te afaga o peito enquanto dorme
Observa a diferença que te acontece
Pois viverá, mas também será lembrança.


17 de abr. de 2011

Eu sequei a lágrima e subi as escadas,
Cheguei em uma nova vida.
Um lindo por de sol e amigos!
Um clima de domingo, como a muito não sentia,
E nas lembranças de uma vida que deixei na gaveta
E palavras que a muito não dizia: oi amigo!
Mas não um oi comun de quando se encontra,
Mas um oi de 'estou de volta'
Voltei pro meu rio como a primweira vez
Mergulhei meus pés na água fria e não quero tirar.
O nascente desse rio vem de dentro de mim
Num lugar protegido por sonhos e fantasias
Todas as que guardei só pra mim e mesmo as que esqueci.
Um lindo por de sol numa varanda com amigos
Sentido o vento no rosto e aproveitando o prazer
Que é ter amigos,
Como a muito não tinha.
De novo.