Estou sentindo frio,
Mas não o frio do inverno,
É aquele que sinto quando suas mãos
Ficam longe da minha pele
Por mais de um momento.
Fecho os olhos deitada e lembro
Dos arrepios que senti com o toque
Úmido da sua língua varrendo meus
Pelos pelo corpo a fora.
Minhas pernas que tremiam de desejo
Agora tremem de saudade,
Do peso e força que me invadia
Como um “Cavalo de Tróia”.
Abri os olhos assustada e fechei satisfeita
Quando pela primeira vez
Senti sua pela nua e quente
E seus braços me seguravam para não fugir
E eu nem queria.
Sua língua roçava minha nuca
Enquanto minhas mãos tentavam
Se agarrar no lençol que já não forrava mais a cama
E escorregavam por ela
Quando me vencia pela força.
Cai entre suas pernas
Como a corsa no leito de um rio
Após a corrida, tentando matar a sede
Insaciável que tem a jovem
Fiz de ti o vinho que me embriagou
Na primeira noite apreciada.
Nem lembro o que usava
Toda roupa foi arrancada tão
Rápido quanto possível
E soldados arrombaram minha porta
Fui dominada e conquistada,
Fui vencida e os
Soldados de Tróia se instalaram em mim.
3 comentários:
"Como a corsa no leito de um rio
Após a corrida, tentando matar a sede"
Comparação bonita. Poema Nice.
Adorei o final em que se inverte a noção comum da Tróia invadida pela Tróia invasora. Tom sensual/erótico muito envolvente.
Saudades do tempo de vinho e papos poéticos filosóficos. Como sobrevivemos àquela época?
Evoé, grande poetisa e amiga!
Bela Poema
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