11 de mai. de 2011

Cidade



Estou sentindo frio,
Mas não o frio do inverno,
É aquele que sinto quando suas mãos
Ficam longe da minha pele
Por mais de um momento.

Fecho os olhos deitada e lembro
Dos arrepios que senti com o toque
Úmido da sua língua varrendo meus
Pelos pelo corpo a fora.

Minhas pernas que tremiam de desejo
Agora tremem de saudade,
Do peso e força que me invadia
Como um “Cavalo de Tróia”.

Abri os olhos assustada e fechei satisfeita
Quando pela primeira vez
Senti sua pela nua e quente
E seus braços me seguravam para não fugir
E eu nem queria.

Sua língua roçava minha nuca
Enquanto minhas mãos tentavam
Se agarrar no lençol que já não forrava mais a cama
E escorregavam por ela
Quando me vencia pela força.

Cai entre suas pernas
Como a corsa no leito de um rio
Após a corrida, tentando matar a sede
Insaciável que tem a jovem
Fiz de ti o vinho que me embriagou
Na primeira noite apreciada.

Nem lembro o que usava
Toda roupa foi arrancada tão
Rápido quanto possível
E soldados arrombaram minha porta
Fui dominada e conquistada,
Fui vencida e os
Soldados de Tróia se instalaram em mim.

3 comentários:

shashi disse...

"Como a corsa no leito de um rio
Após a corrida, tentando matar a sede"
Comparação bonita. Poema Nice.

Lorde Wenceslau disse...

Adorei o final em que se inverte a noção comum da Tróia invadida pela Tróia invasora. Tom sensual/erótico muito envolvente.

Saudades do tempo de vinho e papos poéticos filosóficos. Como sobrevivemos àquela época?

Evoé, grande poetisa e amiga!

shashi disse...

Bela Poema