18 de out. de 2010

UM GRANDE MENINO

Eu vi um menino crescendo
Um menino meio perdido
Vi enquanto seu cabelo crescia,
E do ombro, um Chanel meio bagunçado
Alcançou a cintura lhe dando um ar de homem forte.
Vi seus dentes se alinhando na boca
E o metal que escondia seu sorriso foi embora
Agora posso ver radiante todos os sorrisos que dá.
Vi seu corpo frágil se tornar um corpo forte
E gostei muito!
Acompanhei sua personalidade se transformar
E não gostei de alguns traços dela...
Eu costumava te colocar no colo e
De repente você não cabe mais nele.
Pude participar da formação de um músico incrível
Com talento e sensibilidade tocante.
Eu vi seus olhos mudarem, e cada vez que eles me olhavam
Eu me sentia nua, sem nenhuma proteção ou armadura.
Menino, eu vi seus primeiros passos,
Suas primeiras palavras no papel
Seu primeiro amar e seu primeiro amor
Acho que vi você fazer tudo que primeiro poderia
Eu vi um menino crescendo
Um menino meio perdido
E quando ele cresceu simplesmente foi embora
E fui eu que fiquei aqui perdida.
Pra ver a verdade abra os olhos, deixa de ser boba, equilíbrio, equilíbrio... não adianta ser agressiva e ser ingênua. Essa história de 8-80, besteira. O mundo não quer isso. Você precisa se encaixar. Fazer como todos fazem, ligue pras pessoas, sorria, não custa nada. Faça disso um exercício que depois será automático até se tornar verdade. Você tem o direito de chorar e ficar triste, mas isso tem que ser um segredo nosso. Não jogue suas pérolas pra quem quer que seja ou ficará pobre! Levante esse olhar e siga em frente, você tem um sorriso tão bonito. Seja uma estrela.
Maneco me invejaria se me visse agora. Não uma pálida virgem, mas um “Thor” impiedoso, que me devastou com seu martelo. Me confundiu com a serpente. Depois de levantar pedra por pedra, cuidar da terra, campos de lírios... Meu reino foi destruído! Nada mais há que cresça em meu solo. Frutos e flores ficam na lembrança e histórias contadas em trovas na estrada, que levam pra longe daqui. Uma caneca de vinho para matar a sede e ascender a chama. Agora “Bragi” me espera, em tavernas e estradas, no vento que sopra na noite... Em sonhos, “Freya” que me perdoe. “Frigg” pra mim não existe mais! “Kvasir” merece oferenda! Não mais em meu reino, mas em todos! Um gole mais de hidromel e dancemos em volta da fogueira até amanhecer.