31 de out. de 2006

Musa do túmulo

Vi entre os arbustos sua imagem translucida
vi um olhar dizendo adeus...
Eu chorei como quem morre e não deixa de existir
eu morri.

Escavei seu túmulo procurando uma célula que fosse
precisava de uma prova concreta
precisava de um tapa na cara
não queria acreditar que te perdi.

Ali estava eu, caida ao chão
desolada e tão perdida
abraçada ao seu corpo em decomposição.

O que eu era, o que seria de mim?
você era meu tudo
tudo que perdi.

Nenhum comentário: